Olá, queridos amigos internautas! Com vocês, mais um
E desta vez, vamos falar de um filme nacional, feito com sangue e suor brasileiro. Com vocês o "filmaço" dos loucos anos 90 (as fotos estão ruins, mas foi o melhor que consegui)
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Não se engane, não se trata de um filme pornográfico! |
Como está escrito na capa, este foi o primeiro (e graças a Deus, único) filme da ex-famosa dançarina do antigo grupo baiano "É o Tchan", Carla Perez. Lançado em 1998, como representante do gênero "musical bem escroto", já nos créditos iniciais, podemos ter uma idéia do que está por vir.
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"Bahiana" ao invés de "Baiana": "Que burro! Dá zero pra ele"! |
O filme é uma biografia da musa dos punheteiros, digo, amantes do axé music, Carla Perez, que no longa-metragem é chamada de Carlinha. Carlinha nasceu em um lugar muito pobre da Bahia (ou será "Baia"). O pai da mocinha (conhecido como "Painho") é um jardineiro que usava todo o seu dinheiro para um curso noturno (atitude louvável, mas eu acho que deveria usar o salário para dar o que comer para a família) e a mãe (ou "Mainha") catava alguns trocados cavando buracos na estrada. Mesmo com esse quadro desanimador, Carlinha não podia ouvir uma música que já começava a balançar as canelas.
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Enquanto Mainha leva porrada de pivetes para pegar algumas moedas... |
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...Carlinha dança com a sua fiel amiga, Boneca! |
Um dia, Painho recebe a notícia que terá a chance de trabalhar em Salvador e com isso poderá melhorar de vida. Porém, como Deus adora uma piada de mau-gosto, acaba fazendo Mainha bater as botas. Painho e Carlinha, vão para Salvador, e na capital baiana (ou "bahiana) a meninha sai de cena e entra a loira oxigenada Carla Perez.
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Imagina uma molecota dessas no seu colo! |
Dançando feliz da vida, sem se importar com não ter um centavo no bolso, a garota faz amizade com dois moleques de rua (que por incrível que pareça, não quiseram meter a rola na mocinha). Os dois garotos batizaram (e eu não sei porque) Carlinha de !Cinderela Baiana" (ou Bahiana). Um dos garotos foi interpretado por Lázaro Ramos, em seu penoso e obscuro começo de carreira.
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Os dois amigos de Carlinha: o da esquerda é conhecido em todo país! Já o da direita desapareceu da face da Terra! |
Dançando, roubando acarajés, dançando, fazendo brincadeirinhas idiotas, dançando e, dançando, os dois tentam mostrar que "Nóis é pobre, mas é feliz, meu rei". Paralelamente, um poderoso empresário de Salvador procura por uma nova dançarina, que ele tansformará em uma estrela mundial. Este empresário se chama Pierre, um velho tarado e com um péssimo gosto para camisas.
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Nem o carnavalesco mais gay do Brasil usaria essas camisas! |
Pierre pede ao seu fiel ajudante negão que procure em Salvador a sortuda que irá ser a nova bailarina dos seus shows. O ajudante negão tenta empurrar uma patricinha sem sal, mas Pierre se apaixona loucamente por Carlinha, que rebolava lá no fundo do vídeo.
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Essa pobre coitada tem que comer muita muqueca para ser tão gostosa quanto Carlinha! |
O fiel ajudante negão vira Salvador do avesso, porém, não tem sucesso em encontrar a loirinha do balanço sensual. Querendo Carlinha mais do que tudo, Pierre olha por uma luneta e em menos de um minuto, consegue encontrar a menina, coisa que o seu ajudante negão não conseguiu fazer em dias.
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Esse é o ajudante negão de Pierre! Eu acho que ele é muito mais do que um ajudante para Pierre, se é que você entendeu a sutileza da frase! |
É aí que a vida de Carlinha começa a mudar: com a benção de Painho, a moçoila começa a ganhar um banho de loja e o que já era bonito, melhora 100%.
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Gracinha! |
E também começa a conhecer todos os segredos da dança contemporânea, com o melhor professor de Salvador:
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Conheça o Mestre Myagui da dança baiana (ou bahiana) |
Bem vestida e super treinada na arte da dança, Carlinha começa a se apresentar com grupos famosos (pelo menos naquela época) de axé. Com várias participações especiais, podemos ver grupos e vocalistas como Araketu e Jheremias (se não conhece, procure no You Tube). E é em um desses shows que ela conhece o grande amor da sua vida, Alê (interpretado por alexandre Pires), que apesar de ser negro, não gosta de cantar na África!
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Alê será o único do filme que vai ver o "Tchan" da Carlinha |
Mas nem tudo é uma maravilha na vida da Cinderela Baiana (ou Bahiana): Pierre faz a menina trabalhar feito um burro de carga, pois, quanto mais dinheiro, melhor. Além disso, como foi dito acima, o velho é meio tarado e coloca na cabeça que tem que traçar o "tchan" da moça antes de Alê.
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Pierre tentando tirar uma casquinha da inocente Cinderela Baiana (eu sei que tá chato, mas: ou Bahiana) |
Pierre manda dá um cacete em Alê, e neste momento, presenciamos uma das cenas de luta mais toscas na história do cinema. Digna de deixar Chuck Norris vermelho de raiva.
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Chuck Norris não tem misericórdia! |
Bem, como todo conto de fadas, o amor vence, o vilão se fode (não se fode tanto, mas se fode) e todos ficam felizes para sempre. Só que no conto de fadas tupiniquim, o final da película pode ser considerado um chute nas bolas: Carlinha volta pra onde sua mãe pegava moedas, só que agora, com um carrão chique. Diz algumas bobagens para os pivetes, toma as enxadas das mãos deles e ao som de "Segura o Tchan", faz todo mundo se requebrar. Mas todo mundo mesmo!
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As crianças dançaram,... |
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... os adultos dançaram,... |
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... as freiras dançaram,... |
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... o cozinheiro dançou,... |
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... e até o Palmeiras dançou (só que em Mirassol). |
O filme Cinderela Baiana é ruim: sim, muito ruim! Ruim demais! Uma verdadeira merda! Porém, temos que lembrar que a Carla Perez é tão atriz quanto eu sou branco. E que o filme, apenas pega carona na fama da dançarina, para tentar se vender. As falas dos personagens são horríveis; Pierre é caricato demais, quase um louco que todos sentem pena e resolvem dar atenção; Lázaro Ramos, em começo de carreira, não podia fazer muita coisa (se bem que ele fez o também terrível "Ó Pai ó", já com a carreira consolidada); Alexandre Pires fazendo o papel de "Príncipe Encantado" não convence; e o final, bem, acabou de dar o tiro de misericórdia depois de mais de uma hora agonizante de filme.
Talvez, se o filme se focasse apenas na dança, bebesse mais do conto de fadas "Cinderela", e deixasse as mensagens de esperança e felicidade serem entendidas sem a Carla Perez abrir a boca, poderia ter sido melhor aceito na época.
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Carlinha, cadê a comida das crianças? |
Mesmo com toda essa crítica ruim (e acredite, eu fui bonzinho), o filme tem os seus pequenos acertos: a participação especial dos grupos baianos (Araketeu, entre outros); Carla Perez merece o Oscar quando não fala nada (exagerado), e, tirando a fantasia de fada da floresta no final do filme, a loira do "É o Tchan" está linda,de forma bem "moleca"; e a bela música "
Girar o Mundo" da cantora Cátia Guimma, no começo do filme, salva um pouco (bem pouco mesmo) a tortura que é assistir à "Cinderela Baiana".
Porém, o melhor de tudo é que não temos a presença dos vocalistas do grupo "É o Tchan": "Cumpadi" Washington e Beto Jamaica. O que é um alento e tanto!
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Poderiam colocar a morenano filme também! Veja bem, a morena de amarelo e nãoa "morena careca"! |
Se você quiser,
clique aqui para ver o filme completo (nem trailer eu consegui dessa película). O filme está sob responsabilidade do You Tube, mas acredito que ele não será removido. Mas clique por conta e risco próprios!
Bem, acho que é tudo. Obrigado por curtir mais um
Até a próxima!
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